terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Há um ano...

Há um ano...eu me lembro...parecia ser um dia normal...eu ia voltar pra internet depois de quatro dias...ia falar com algumas pessoas que por acaso estariam no msn...e muito provavelmente não falaria com aquela a qual foi o motivo pra eu entrar pro mundo virtual...andava distante, Clarice(sim ...esse é seu nome...se não é vai ser a partir de agora...)mas eis que ...aquela que era muda voltou a falar!E aquela que era surda voltou a escutar!...Trouxe de volta a Palavra!O Verbo!E a vida se fez vida!Em abundancia e profusão!Como diria mais tarde o poeta...!O imprevisivel,a surpresa,o antidoto pro tédio...pra solidão...sim é verdade que viriam outros dias ...outros silencios intermináveis...imcompreenssiveis...imperdoáveis...mas são pra erros imperdoaveis que existe o perdão...tambem imcompreenssivel e absurdo...sobre-humano!...que junto com amizade(pão)...pão que alimenta...que dá alento...que compartilha sonhos...desejos...que dá razão à vida...a existencia... tem aquela famosa frase "quem tem amigos nunca está sozinho"é verdade...se vc ler essa frase e não tiver vivido ou vive uma amizade...muito provavelmente pensará que aquela é só mais uma frase de auto ajuda!Eu tambem pensaria assim se não houvesse Clarice!...E por fim...o ultimo elemento do "do tripé da felicidade"...(Perdão/Pão/Poesia!)a Poesia!sim Clarice não é inspiração pra poesia...ela é a poesia viva!infinita poesia! Os olhos de Clarice são poesia...seus defeitos ...seus sonhos suas desventuras...suas reviravoltas...seus enigmas...se me arrependo de Clarice?Ora, Pois eu podia ter me ido por outro caminho ...e ainda posso...poderiamos ter sido só meros dois colegas de escola que lembram um do outro de vez em quando...Deixemos que o bigode (Nietzsche) responda..."Se um dia ou uma noite um demonio se esgueirasse até você e penetrando na sua mais solitária solidão,lhe dissesse"Esta vida,da maneira como você vive agora e já viveu antes ,você terá que vivê-la mais uma vez e outras inumeráveis vezes;e não haverá nada de novo nela,cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo que há de indivisivelmente pequeno e grande em tua vida há de retornar e tudo na mesma ordem e sequencia e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores e do mesmo modo este instante e eu próprio.A eterna ampulheta da existencia será sempre virada outra vez- e tu com ela poeirinha da poeira".Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demonio te que falasses assim?Ou viveste alguma vez um instante descomunal em que lhe responderias"Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!"Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti assim como tu és ele te transformaria e talvez te triturasse
a pergunta diante de tudo e de cada coisa "Quero isto ainda uma vez e inumeras vezes?"pesaria como o mais pesados dos pesos sobre o teu agir ou então como terias de ficar bem contigo mesmo e com a vida para não desejar mais do que essa ultima confirmação e chancela?"Sim!Clarice foi o instante descomunal de que fala o poema...meu eterno retorno!Viveria por esse momento grandioso todos os demais outros da mesma forma...nos minimos detalhes!...Ai está o poema declamado pelo próprio Nietzsche...se quiserem ir direto a ele vão até 2:20

http://www.youtube.com/watch?v=w6l7vyXQRuY